Perto da F1, Bruno Senna revela seus planos em entrevista exclusiva

25/08/2009

Matéria publicada no site Click21 em 24/04/2008
Bruno Senna carrega nos ombros um dos sobrenomes mais imponentes da história do automobilismo. Sobrinho do tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna, morto em um acidente no circuito de Ímola em 1994,  Bruno acaba de se transferir para a GP2, categoria de acesso a F-1.

Após uma boa passagem pela Fórmula 3 Inglesa, o brasileiro, de 23 anos, sonha em chegar à principal categoria do automobilismo em dois anos. Para aqueles que duvidam de seu potencial, Bruno manda um recado:

“Não é porque sou sobrinho do Senna que vou conseguir chegar na Fórmula 1 mais rápido. Tudo o que conquistei até agora foi em função do meu bom desempenho na pista”, enaltece o filho de Viviane Senna.

As comparações com o tio parecem não incomodar o piloto. Com personalidade, ele demonstra em entrevista ao Click21 que o caminho para chegar à Fórmula 1 parece já estar desenhado.

“Chegar à F-1 é a perspectiva para o futuro. As coisas vão depender muito dos meus resultados na GP2”.

Além da responsabilidade, o sobrenome também abriu muitas portas para Bruno. Contatos e amigos na F-1 o próprio garante que tem. E quais seriam essas equipes?

“Tenho amigos na Ferrari, McLaren, Williams, BMW e Honda”, revela.

O paulista não tem ambição de chegar à categoria guiando logo uma Ferrari, ou uma McLaren. Na visão do piloto, tudo depende do contrato.

“De nada adianta fazer um contrato de performance, ser titular em uma equipe grande e em três corridas ser mandado embora. Às vezes um bom contrato de piloto de testes pode levar a uma boa equipe no futuro”.

Ayrton Senna e Nelson Piquet não eram ‘melhores amigos’ nas pistas. No futuro, o Brasil pode contar com a disputa entre discípulos dos grandes campeões. Piloto de testes da campeã mundial Renault, Nelsinho já está inserido na F-1. Bruno já faz planos para a disputa entre os dois e garante que ‘se houver jogo limpo a amizade continua’.

“Tenho um bom relacionamento com o Nelsinho. Se houver respeito na pista, tudo bem. Em caso contrário, vai tudo ‘pro brejo’”.